Uma pequena amostra de Lula cometendo o crime de tráfico de influência ocorreu durante evento organizado pelo jornal El Pais realiza...
Aparentemente contrariado por não ter seus pedidos atendidos, Lula, durante mais de uma hora de palestra, deu várias alfinetadas no então Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Na ocasião, ficou claro seu interesse em liberar mais e mais recursos do tesouro para países onde a Odebrecht tocava obras.
Com bastante desenvoltura, diga-se de passagem, Lula exerceu seu poder de influência em público e não se preocupou em deixar Augustin constrangido. Acompanhe abaixo alguns trechos da "palestra" de Lula em defesa da liberação de recursos do tesouro:
“Se depender do pensamento do Arno você não faz nada. Não é por maldade dele, não. A nossa tesoureira em casa é a nossa mulher e também é assim. Elas não querem gastar, só querem guardar, mas tem que gastar um pouco também”, disse Lula, que prosseguiu:
“Eu acho Arno que um dia você vai ter que me explicar porque, se a gente não tem inflação de demanda, porque a gente está barrando crédito. Porque o crédito precisa chegar. Com crédito todo mundo vai à luta. Sem crédito ninguém vai a lugar nenhum. Podemos chegar a 80% do PIB de crédito, 90%, não tem nenhuma importância. Tem país com 120%”, questionou Lula na ocasião.
Lula queria esbanjar mais dinheiro.
“Nós hoje não temos problema de investimento. O governo tem muito dinheiro para investir. E por que não tem investimento? O governo está fazendo o que nunca fez neste país. Não tem investimento porque está diminuindo a demanda. Pode ter dinheiro à vontade para investir mas se não tem gente para comprar eu não vou fazer”, diagnosticou o ex-presidente, e em seguida fez um alerta. “Temos que tomar muito cuidado para não entrarmos em uma rota delicada para nós”.
Mais bronca
“O oceano Atlântico, Arno, não é obstáculo, é a solução. Comece a pensar Arno na possibilidade de a gente instituir um fundo de financiamento de pelo menos US$ 2 bilhões na África. Você sabe quanto a gente pode alavancar com US$ 2 bilhões?" provocou o ex-presidente, que em seguida, tentou comparar o Brasil com a China. que também investe na Angola, porém em modelos de empréstimo chamados "petróleo por infraestrutura".
Toque de Caixa
No dia 16 de junho de 2014, apenas dez dias após a bronca de Lula no Secretário do Tesouro Nacional, o Brasil ofereceu a Angola uma nova linha de crédito de 2 bilhões de dólares. O ditador angolano, José Eduardo dos Santos veio em visita oficial ao Brasil e se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para selar o acordo.
Foi durante o governo Lula que surgiu a primeira bilionária africana, Isabel dos Santos, filha do ditador angolano, José Eduardo dos Santos, que está há 35 anos no poder e tem mandato garantido até 2022. Isabel tem tem participação em empresas de telefonia, bancos e na maior companhia de cimento angolana.
Segundo a revista americana Forbes, a fortuna de Isabel multiplicou sete vezes de 2012 a 2014, passando de 500 milhões para 3,7 bilhões de dólares. Terá sido graças à Lula e à Odebrecht ?
@muylaerte