Por representar uma ameaça aos interesses de políticos influentes e de empresários bilionários, as tentativas de sabotar a Força Tarefa e...
Por representar uma ameaça aos interesses de políticos influentes e de empresários bilionários, as tentativas de sabotar a Força Tarefa e abalar a reputação do juiz federal são constantes e sofisticadas.
Em maio, Lula marcou um jantar com o prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB. O propósito do ex-presidente era levar para Brasília uma Pit Bull, alguém com habilidade para questionar os métodos da Operação Lava Jato. Lula pediu então que um deles abrisse uma vaga no secretariado para um deputado federal petista do Rio, a fim de dar lugar na Câmara ao primeiro-suplente, Wadih Damous (PT-RJ).
Eduardo Paes aceitou fazer parte da manobra de Lula e convidou o deputado federal Fabiano Horta (PT-RJ) para integrar o seu governo, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário. No mesmo mês, Wadih Damous assumiu a vaga de deputado federal e posteriormente foi nomeado para a CPI da Petrobras. Confira aqui a matéria.
Pouco antes de assumir o mandato providenciado por Lula e Eduardo Paes, Wadih Damous concedeu uma entrevista ao jornal "O Dia":
Por que o sr. afirma que o juiz Sérgio Moro tem extrapolado?
- Ele e os procuradores agem como cruzados. Parece que eles decidiram passar o país a limpo...
Damous é o elemento que Lula escalou para atacar a reputação do Juiz Sérgio Moro. O sonho dos dois é conseguir que uma instância superior anule o todo o processo da Operação Lava Jato, como já ocorreu com a Operação Castelo de Areia (investigação, anulada pelo Superior Tribunal de Justiça, sobre supostos pagamentos de propina a políticos pela construtora Camargo Corrêa), segundo observação do próprio Damous em entrevista ao jornal "O Dia".
“É muito preocupante faixas saudando o juiz Sérgio Moro. Nós não podemos deixar o combate à corrupção ser uma bandeira da direita, até porque é mentira. Aliás, estava lá uma grande maioria de sonegadores.”, afirmou Damous no encontro “Jornada pela Democracia”, promovido por setores da esquerda simpáticos ao governo.
“Está se formando uma República de Curitiba. Esse juiz está agindo em todo o território nacional, se tiver jurisdição para isso. Esses procuradores, a grande maioria não tem nem 30 anos de idade. Agora posam de intocáveis nas primeiras páginas de jornais. E resolveram governar o país. Esse esquema de elementos golpistas, ele é integrado pela mídia, pelo Congresso, mas é integrado também por elementos do Poder Judiciário, comandado pelo ministro Gilmar Mendes.” Opinou Damous, repetindo os argumentos de Lula.
Em outra entrevista, o Pit Bull do Lula chegou a acusar o juiz Sérgio Moro de violação dos direitos humanos: ” Esse juiz ( Moro) é a reprodução daquele que se presume falar pelos brasileiros e brasileiras honestas. Em meu nome ele não fala”, afirmou.
“Esse juiz e esses procuradores se respondessem ao exame da Ordem da forma como se comportam na investigação da Lava Jato não seriam aprovados. Delação premiada é chantagem. Delação premiada não é pau de arara, mas é tortura !”, acusou Damous.
@muylaerte